terça-feira, 28 de junho de 2011

Paz no Trânsito


A Professora Ana Maria Antunes gentilmente nos enviou estas fotos do belo trabalho realizado por alunas da turma 2004 - Ensino Médio- C.E 10 de Maio.
Maquetes confeccionadas por:

1- Kamila Chaves Von Held
2- Kathleen Vieira Pimenta
3- Jeniffer Renata Campos

Prof.: Ana Maria Antunes turma 2004
Parabéns!

domingo, 26 de junho de 2011

Esquadrilha da Fumaça em Itaperuna - por Helena


Uma das equipes da Esquadrilha da Fumaça esteve nesta sexta-feira (24/06), na cidade de Itaperuna/RJ fazendo uma de suas apresentações. O show ficou por conta dos pilotos que tomaram conta do céu itaperunense, com suas incríveis manobras, empolgando a plateia. Uma nuvem grossa, que insistia em permanecer próximo ao local da apresentação, não atrapalhou o espetáculo, no entanto, comprometeu um pouco a qualidade das imagens. As próximas apresentações da Esquadrilha da Fumaça acontecem neste sábado (25), em Vitória/ES e domingo (26), em Linhares, também no Espírito Santo.

Por Helena Vicente Coelho - texto e fotos

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Artigo de Opinião 2

 A REVOLUÇÃO DIGITAL

Texto e papel. Parceiros de uma história de êxitos. Pareciam feitos um para o outro.
Disse "pareciam", assim, com o verbo no passado, e já me explico: estão em processo de separação.
Secular, a união não ruirá do dia para a noite. Mas o divórcio virá, certo como o pôr-do-sol a cada fim de tarde.

O texto mantinha com o papel uma relação de dependência. A perpetuação da escrita parecia condicionada à produção de celulose.
Súbito, a palavra descobriu um novo meio de propagação: o cristal líquido. Saem as árvores. Entram as nuvens de elétrons.

A mudança conduz a veredas ainda inexploradas. De concreto há apenas a impressão de que, longe de enfraquecer, a ebulição digital tonifica a escrita.
E isso é bom. Quando nos chega por um ouvido, a palavra costuma sair por outro. Vazando-nos pelos olhos, o texto inunda de imagens a alma.
Em outras palavras: falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o cérebro, produzindo uma circulação de idéias que gera novos textos.

A Internet é, por assim dizer, um livro interativo. Plugados à rede, somos autores e leitores. Podemos visitar as páginas de um clássico da literatura. Ou simplesmente arriscar textos próprios.
Otto Lara Resende costumava dizer que as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de correspondências. Antes de morrer, brindou-me com dois telefonemas. Em um deles, prometeu: "Mando-te uma carta qualquer dia desses."
Não sei se teve tempo de render-se ao computador. Creio que não. Mas, vivo, Otto estaria surpreso com a popularização crescente do correio eletrônico.
O papel começa a experimentar o mesmo martírio imposto à pedra quando da descoberta do papiro. A era digital está revolucionando o uso do texto. Estamos virando uma página. Ou, por outra, estamos pressionando a tecla “enter”.
(SOUSA, Josias de. A revolução digital. Folha de São Paulo)

1-A partir da leitura do texto podemos afirmar que o objetivo do texto é:
(A)defender a parceria entre o papel e o texto como uma história de êxitos.
(B)discutir as implicações da era digital no uso da escrita.
(C)descrever as vantagens e as desvantagens da Internet na atualidade.
(D)narrar a história do papel e do texto desde a Antigüidade.
(E)revelar o lado negativo da substituição do papel, na era eletrônica.

2-Não é uma afirmação correta, a respeito do texto:
(A)Ele é escrito em prosa, com parágrafos e períodos.
(B)Nele, utiliza-se da norma culta.
(C)Ele apresenta elementos de cunho conotativo.
(D)O texto é totalmente despido de formulações subjetivas.
(E)Ele exemplifica uma construção literária.

3-O texto faz parte de uma:
(A) revista eletrônica.
(B) campanha publicitária.
(C) correspondência informal.
(D) jornal diário
(E) rede de informações sobre seguros.

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Projeto " As Muitas Faces da Violência" - C. E 10 de Maio pela Paz! -


A Culminância do Projeto "As muitas faces da Violência" aconteceu ontem, 21 de junho, durante todos os turnos escolares e hoje diferentes matérias estão chegando via e-mail e serão mostradas aqui no nosso Blog, por enquanto fique com as fotos que tiramos durante a criação do Mural contra o Bullying em sala de aula.
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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Artigos de Opinião - Parte 1

             Sou contra a redução da maioridade penal

     A brutalidade cometida contra dois jovens em São Paulo reacendeu a fogueira: a redução da  idade penal. Algumas pessoas defendem a idéia de que a partir dos dezesseis anos os jovens que cometem crimes devem cumprir pena em prisão. Acreditam que a violência pode estar aumentando porque as penas que estão previstas em lei, ou a aplicação delas, são muitos suaves para os menores de idade. Mas necessário pensar nos porquês da violência, já que não há um único tipo de crime. 
   Vivemos em um sistema sócio-econômico historicamente desigual e violento, que só pode gerar mais violência. Então, medidas mais repressivas nos dão a falsa sensação de que algo está sendo feito, mas o problema só piora. Por isso, temos que fazer as opções mais eficientes e mais condizentes com os valores que defendemos.
    Defendo uma sociedade que cometa menos crimes e não que puna mais. Em nenhum lugar do mundo houve experiência positiva de adolescentes e adultos juntos no mesmo sistema penal.  Fazer isso não diminuirá a violência.  Nosso  sistema penal como está não melhora as pessoas. 
    O problema não está só na lei, mas  na capacidade para aplicá-la.
    Sou contra porque a possibilidade de sobrevivência e transformação destes adolescentes, está na correta aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Lá estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que violaram a lei. Para fazer o bom uso do ECA é necessário dinheiro, competência e vontade. 
     Sou contra toda e qualquer forma de impunidade. Quem fere a lei deve ser responsabilizado. Mas reduzir a idade penal, além de ineficiente para  atacar  o  problema. Problemas complexos não serão superados de modo simplório e imediatista. Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo, de um projeto ético e político de sociedade que valorize a vida em todas as suas formas. Nossos jovens não precisam ir para a cadeia. Precisam sair do caminho que os leva até lá. A decisão agora é nossa: se queremos construir um país com mais prisões ou com mais parques e escolas.

(Renato Roseno é advogado. Coordenador do CEDECA – Ceará e da ANCED –  Associação  Nacional dos Centros de Defesa da  Criança e do Adolescente- 21/ 11/ 2003)
                                                                                                                                              
 Para Refletir após a leitura:
    1)      Quem é o autor do texto? Em que esse autor é especialista?
2)      Onde o texto foi publicado?
3)      O autor refere-se a um acontecimento que o levou a escrever esse artigo. Que acontecimento foi esse?
4)      Qual a questão polêmica?
5)      Qual a posição do autor a respeito da polêmica?
6)      Que argumentos ele usa para justificar sua posição
7)      No texto, o autor apresenta argumentos de pessoas que discordam dele. Que argumentos são esse?
8)      O autor propõe alguma alternativa de tratamento para os jovens infratores?
9)      Qual o objetivo do autor?

10) Quem é o público leitor?
11) Para concluir: Assinale somente os elementos, característicos ao gênero textual  artigo de opinião
a-  Baseia-se em uma questão polêmica que circula na imprensa, na mídia ou na sociedade;
b- Toma uma posição em relação ao que já foi dito sobre o assunto controverso;
c-  Apresenta uma visão pessoal do assunto escolhido, contendo os elementos narrativos básicos.
d-  Apresenta argumentos ou razões que sustentam a posição assumida;
e-  Antecipa e contesta os argumentos dos oponentes;
f-  Articula o texto e o finaliza com uma conclusão.

Compartilhando leituras....
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sábado, 11 de junho de 2011

Ler é Bom, Experimente





O Colégio Estadual 10 de Maio através das turmas da Professora Elizabeth Vitória Rezende está participando do Projeto Ler é Bom, Experimente, iniciativa aplicada gratuitamente em escolas públicas com o objetivo principal de incentivar o hábito da leitura e estimular a criatividade dos jovens.

O projeto aprovado pelo Ministério da Cultura desde 2000, com o patrocínio da Companhia de Seguros Aliança do Brasil, pelo quarto ano consecutivo é desenvolvido com excelentes resultados em escolas estaduais e municipais em todo o Brasil.

Os alunos do nono ano do ensino fundamental e primeiro ano do ensino médio (turmas 902 ,903, 1005 ) estão lendo o livro de crônicas “Espiando o mundo pela fechadura” de Laé de Souza.

O colégio recebeu 76 livros, material didático (folhas pautadas para redação e questionários para aplicação do projeto em sala de aula) e manual do professor.

Após a leitura do livro e o desenvolvimento de várias atividades sugeridas, os alunos responderão questionário sobre a obra e desenvolverão textos baseados nas crônicas ou nos personagens. Os autores dos três melhores trabalhos receberão como prêmio outra obra de Laé de Souza e concorrerão a ter o seu texto no livro "As 50 melhores crônicas do Ler é Bom, Experimente!", que será lançado no final de 2011.

O escritor há 13 anos incentivando o Brasil a tornar-se um país de leitores, dispõe de um portal para a divulgação de vários projetos de leitura. Para conhecer melhor todas estas incríveis iniciativas, é só seguir o link: http://www.projetosdeleitura.com.br/

Fonte: http://outrarevista.blogspot.com/2011/05/ler-e-bom-experimente.html
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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bullying: na vida de adolescentes. Por Sandra Valeriote

 

Nessa atualidade eis que surge mais uma nova palavra para nós, cujo idioma é a língua portuguesa – Bullying.
Da minha parte, ao ver a campanha criada contra o bullying, pergunto eu: o que é bullying afinal de contas?
Não diferente de milhares de outras pessoas sigo a pesquisar no google para descobrir.
Assim, descubro que o
bullying representa situações que na minha época da adolescência existia de forma igual – só não havia nome para definir, e, muito menos campanha para combater. Pois é, novos tempos!

Mas, detalhes sobre o significado do
bullying fez despertar minha atenção para algo que somente a passagem do tempo nos mostra. Ou seja, muito do que li sobre a prática do bullying me fez lembrar da minha adolescência, principalmente, no colégio: lembrei que acontecia o bullying; lembrei de quem tinha por hábito praticar o bullying (não no sentido mais cruel); lembrei de quem era vítima do bullying etc.
O que acabou mexendo comigo, ao reviver tais lembranças, é saber que justamente os meus colegas (dois: para ser mais exata) que tinham a auto-estima mais elevada (uma característica dos bullies); que eram os que mais implicavam com todos: apelidando, passando trotes, etc; justamente esses meus dois colegas vieram a falecer depois de adultos (na faixa etária dos trinta e poucos anos).
Como a vida, depois do colégio, encaminha cada um para o seu canto, é muito estranho quando a notícia chega sobre a morte (cedo) de uma pessoa cujas lembranças são apenas de que tinham uma auto-estima muito elevada; de que eram brincalhões; corajosos; implicantes etc.
Então vem a questão: “fulano” morreu? Morreu de quê? E aí vem a surpresa do motivo: havia problema de depressão; havia uso de drogas.

Lembro-me direitinho de um desses meus colegas, quando certa vez, dentro da sala de aula, gritou:
- A Sandra (no caso eu) ainda não tem apelido.
Quando escutei aquilo pensei: “xiiii... agora sobrou pra mim”. - o sobrou pra mim significa que ninguém quer ser mira desses “mais levados”.
Então, naquele momento, todos os alunos se voltaram para mim, meio que para identificar um apelido. Mas, ele mesmo criou o tal apelido e gritou para a turma toda ouvir (...) Foi um apelido muito dos sem graça, a turma toda caiu na gargalhada, e eu lá, a mira da vez - apelidada, entrei junto na gargalhada.

Agora, novos tempos, e, eis que surge campanha contra o
bullying orientando para que quem esteja sendo vítima de bullies denunciar. Essa campanha, pelo que entendi, está sendo promovida por já ter acontecido alguns casos irreversíveis - assim sendo, evitar outros.
Mas tenha atenção para não se criar tempestade num copo d´água com situações que significa apenas o sentido do viver em sociedade, cujo início se dá justamente no colégio quando começa o convívio com as diferenças sociais e culturais.

No mais, a quem receber denúncia, tente não olhar apenas a dor de quem está se dizendo vítima. Tente, também, olhar para quem vem praticando o
bullying. Pois, possivelmente, uma auto-estima elevada (ultrapassando o sentido normal), num adolescente, seja um jeito encontrado para esconder sérios conflitos. Ou seja, eles se demonstram tão bem resolvidos, que para eles é dado pouca, ou nenhuma atenção; chegando mesmo até a faltar carinho.
Enfim, talvez, o adolescente que pratica o bullying seja o que menos tenha coragem de falar sobre suas dores: pais intolerantes e incompreensíveis demais; pais ausentes demais; sexualidade etc.
Publicado em 29 de junho de 2010 - Jornada - Sandra Valeriote
Conheça mais um pouco sobre Sandra Valeriote através de seu Blog:


http://sv-jornada.blogspot.com/
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domingo, 5 de junho de 2011

Painel de textos sobre Bullying



Bullying: o exercício da intimidação
À menina magricela chamam de "Olívia Palito"; ao gordinho chamam de "baleia" ou "orca"; ao outro, que começou a usar óculos, chamam de "quatro-olhos" ou "nerd".
Será que não há lugar para o respeito pelas características e pelos sentimentos de cada um?

Bullying. Não tem a menor graça!

Você já foi alvo de gozação ou viu alguém sendo sacaneado constantemente? Não era brin­cadeira. Era o bulIying em ação

A palavra
Sem tradução para o português, bullying é toda agressão feita com a intenção de machucar outra pes­soa ou até uma turma inteira. Mas, pra ser considerado bullying de verdade, também é preciso que essa atitude agressiva se repita uma porção de vezes. Sabe aquele garoto que fica gozando do colega todo santo dia, fazendo piadinhas infelizes a respeito da orelha de abano do garoto? Pois essa atitude grosseira, repe­titiva, disfarçada de brincadeira, é o tal de bullying. Mas esse comportamento vai além dos apelidos mal­dosos. Ele também é uma característica de quem gosta de ofender, humilhar, discriminar, intimidar, enfim, de quem se diverte fazendo tudo o que faça uma menina (ou o menino) sofrer (veja mais exem­plos em "As faces da maldade").
[...]

Menino é diferente
A prática do bullying nem sempre é igual para meninos e meninas. Segundo Aramis Lopes, pediatra e coordenador do Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes, os garotos são mais explícitos. É comum ver meninos tiran­do sarro de alguém na frente de todo mundo. “Já a menina é educada para ser mais recata­da, discreta. Sendo assim, a estratégia delas é outra", explica o médico. É isso mesmo! A menina é mais sutil e vai, como se diz, "comendo pelas bordas". Uma fofoquinha aqui, uma esnobada ali e lá está ela colocando em prática sua maldade. "A princípio, elas são amigas. Mas, quando vai ver, uma garota já está sendo vítima de difamação e exclusão dentro de seu grupo", acrescenta Aramis.
Para esses casos, o especialista dá a melhor solução: trocar de turma. Afinal de contas, você é livre para ser amiga de quem bem entender e não tem nada a ver ficar atrás de meninas que só querem vê-la numa pior, não é mesmo?
Mas, quando o assunto é gozação na frente de todo mundo, como nos casos em que o cidadão grita um apelido infeliz pelos quatro cantos da escola, a pedagoga Karen Kaufmann Sacchetto [...] tem a saída: "Evite reforçar essa atitude. Tente ignorar o máximo que puder". E Aramis complementa: "Saia de perto, para a brincadeira não continuar e você não sofrer".

Contar ou não, eis a questão
E os pais, como ficam nessa história toda? "Se tiver coragem, conte a eles, pois podem ajudá-la", diz Karen. Porém o pediatra Aramis alerta: "Procure alguém de sua confiança, um colega, um professor, um funcionário da escola, ou seus pais e conte o que se passa com você. De preferência, os pais só devem interferir com o consentimento dos filhos". Se você estiver certa de que quer a ajuda de seus pais nessa luta, peça uma mãozinha. Do contrário, se tiver medo de que a situação piore, busque apenas o apoio deles, mas não desista de tentar se livrar desse sofrimento. Ficar quieta e aceitar todos os tipos de mal­dade é o comportamento mais incorreto. Muitas vezes, quando ficamos chateadas não há nada melhor do que o colo e os conselhos do pai e da mãe para nos dar um calorzinho no coração.
A diretoria da escola também pode ser avisada, principalmente em casos mais graves, como os de ameaça. [...]

As faces da maldade
Veja o que é considerado bullying pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia):
# colocar apelidos - ofender - zoar - gozar - encarnar - sacanear - humilhar - fazer sofrer - discriminar - excluir - isolar – ignorar – intimidar - perseguir - assediar - aterrorizar – amedrontar - tiranizar - dominar - agredir - bater – chutar – empurrar – ferir – roubar - quebrar pertences
(Atrevida, nº 126)

Internet e celular viram armas entre adolescentes, escondidos no anonimato
Mensagens ofensivas que não param de chegar pelo tele­fone. Fotos em situações cons­trangedoras circulando pelo e-mail. Fofocas descabidas no Orkut. A geração celular-internet sabe bem que é preciso muito mais do que cuidado para escapar do ciber­bullying. "De uns três anos para cá, esse tipo de bullying come­çou a se tornar mais comum no Brasil", conta a pedagoga Cleo Fante. "Adolescentes se aprovei­tam das novas tecnologias para colocar fotos comprometedoras na rede, muitas vezes produzi­das por montagens, ou enlou­quecer as vítimas enviando men­sagens com conteúdo de baixo calão."
[...] No Brasil, não há pes­quisas em âmbito nacional sobre ciberbullying, mas na Ingla­terra estudos indicam que a cada quatro meninas, uma é vítima de ataques via celulares, afirma Fante. Pesquisa realizada nos Estados Unidos também demons­trou que 20% dos alunos de ensi­no fundamental são vítimas de ciberbullying. [...]
(Folha de S. Paulo, 04/06/2006.)

Brigada antibullying
Estudantes que odeiam a injustiça sofrida por colegas que são "zoados" todos os dias na sala de aula contam como os ajudam e o que fazem para evitar o problema
[...]
Eles formam uma brigada antibullying, com o objetivo de defender vítimas de agressores, oferecendo suporte moral e con­selhos sobre como elas devem agir, conversando com os autores da brincadeira sem graça e até mesmo comunicando à diretoria da escola casos mais graves.
"Penso assim: dê risada com o seu amigo e não dele", conta M. F. B., 16, estudante do ano do ensino médio do colégio Academia Horácio Berlinck, de Jaú, no inte­rior de São Paulo. Ela foi vítima de bullying quando tinha seis anos. "Sei como é ruim ser zoado e não gosto que fiquem fazendo isso com os outros." Para ela, a plateia que se forma dentro da classe para rir do bullying só incentiva a ati­tude. "Só tem palhaço porque tem gente que dá risada."
Na opinião de D. C. de F., 15, estudante do ano da escola municipal carioca Embaixador João Neves da Fontoura, quem se omite também está participando do bullying. "Os alunos ficam com medo ou vergonha de falar com um adulto. Então eles vão ao grêmio da escola ou chegam a mim para falar o que está acontecendo, para eu ajudá-los da melhor forma", conta D., que é conhecido na escola por ter sido presidente do grêmio.
"Aconselho o aluno vítima de bullying a nunca revidar, a nunca agir de forma violenta. Acho que muitas vezes a conversa com um colega funciona melhor do que a conversa com o diretor da escola ou com os pais dos alunos", afirma o estudante.
[...]                             (Folha de S. Paulo, 20/06/2005.)

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sábado, 4 de junho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Bullying - Mentes Perigosas nas Escolas



Todos os dias a vida de milhares de crianças e jovens brasileiros é afetada por um fenômeno cada vez mais comum: o bullying.

De origem inglesa, a palavra bullying corresponde a um conjunto de atitudes de violência física e/ou psicológica que ocorrem nas instituições de ensino. É um tipo de agressão intencional, que ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas.

Algumas crianças, por serem diferentes de seus colegas - altos ou baixos demais, gordinhos ou muito magros, tímidos, nerds, mais frágeis ou muito sensíveis -, sofrem intimidações constantes. Discriminados em sala de aula, as vítimas de bullying, na maioria das vezes, sofrem caladas frente ao comportamento de seus ofensores. E as consequências podem ser desastrosas: desde repetência e evasão escolar até o isolamento, depressão e, em casos extremos, suicídio e homicídio.

Segundo a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, como é normal que as crianças impliquem uma com as outras, se dêem apelidos e briguem de vez em quando, nem sempre é fácil identificar quando o problema aparece. Por isso, é preciso que pais e professores estejam atentos para que percebam quando brincadeiras sadias, que ocorrem de forma natural e espontânea entre os alunos, se tornam verdadeiros atos de violência e perversidade - apenas alguns se divertem à custa de outros que sofrem.

Em Bullying - Mentes Perigosas nas escolas, a dra. Ana Beatriz faz uma análise profunda sobre um dos tipos de violência cada vez mais noticiado, que precisa com urgência ser combatido. "Além de os bullies - os agressores - escolherem um aluno-alvo que se encontra em franca desigualdade de poder, geralmente este também já apresenta uma baixa autoestima. A prática de bullying agrava o problema preexistente, assim como pode abrir quadros graves de transtornos psíquicos e/ou comportamentais que, muitas vezes, trazem prejuízos irreversíveis. No exercício diário da minha profissão, e após uma criteriosa investigação do histórico de vida dos pacientes, observo que não somente crianças e adolescentes sofrem com essa prática indecorosa, como também muitos adultos ainda experimentam aflições intensas advindas de uma vida estudantil traumática", alerta a psiquiatria.

De forma acessível e muito esclarecedora, o livro faz uma investigação do problema, trazendo informações necessárias aos pais, professores, alunos e profissionais de diversas áreas para identificar esse tipo de violência e suas consequências, como também o que se pode fazer para combatê-la.
Outros Livros deste Gênero

> Demônio do Meio-dia, O - Uma Anatomia da Depressão ( Andrew Solomon )

> Força do Caráter, A ( James Hillman )

> Como lidar com pessoas que te deixam louco - Edição de bolso ( Paul Hauck )

> Nem os homens são tão simples, nem as mulheres tão complicadas ( María Jesús Álava Reyes )

> 50 motivos para amar o nosso tempo ( Juan Arias )


Fonte:  www.objetiva.com.br

Combate ao Bullying - C.E. 10 de Maio

Entrevistada: Olga Lívia -Coordenadora Pegagógica-

Filósofos da linguagem costumam postular que a existência de uma situação se dá na medida em que ela é transposta em palavras. Esta, talvez, seja a principal perplexidade que vivem muitas pessoas ao pensarem no bullying. Se, até algum tempo, essa prática não tinha nome específico e era considerada uma brincadeira normal entre jovens, hoje ela ganha não só nome, mas discussões, campanhas, medidas educacionais e muitos exemplos para provarem que ela não é normal e nem um pouco honrosa.

Em Itaperuna, o bullying vem sendo combatido, nas escolas em geral, a partir de uma visão pedagógica que compreende a interação direta dos alunos com a conscientização inerente ao assunto. Olga Lívia Pinto de Oliveira, uma das educadoras pedagógicas que faz parte da equipe de coordenação, por exemplo, diz que, em seu colégio, o 10 de maio, o tema foi pensado muito antes de explodir na imprensa o caso de horror vivido em Realengo, no mês de abril, que reforçou ainda mais o debate sobre o bullying. "Desde que começamos o ano letivo, trouxemos a proposta de levantar a questão não só do bullying, mas da violência como um todo, a fim de evidenciarmos para nossos alunos que violência gera violência, e até um xingamento, uma ofensa, um bullying é um forma de violência", explica a educadora, ressaltando que o papel da família nesses casos de agressividade é de extrema importância. "Os pais e/ou responsáveis têm participação direta neste processo de combate ao bullying e à violência como um todo. O diálogo, bem como a atenção para com aquele/a jovem, é essencial", acrescenta.

Com o título "As muitas faces da violência", a instituição de ensino enaltece o trabalho dos professores que, através de debates e do conteúdo de um modo geral, se dedicam neste processo diário. "Nossos educadores estão orientados a sempre abordarem essa questão como forma esclarecedora e evidente para mostrar as consequências do bullying. Para se ter uma ideia de como o assunto vem sendo aplicado aqui, até mesmo as provas já estão sendo aplicadas com textos que abordam a violência e aceitação do outro", afirma.

O dia 17 de junho, conforme enfatiza Olga Oliveira, será um dia destinado a esse projeto. "Após nos destacarmos no cenário regional no combate à violência nas escolas, repito, antes mesmo de esse episódio acontecer em Realengo, o nosso projeto, que havia sido aprovado pela Secretaria de Educação, ja existia. No dia 17 de junho, encerraremos esse tema com uma culminância que será pautada neste contexto. Serão dezenas de informações e atividades que fecharão com chave de ouro esta etapa", finaliza

Matéria realizada em: 19/04/11
Jornal Mania de Saúde
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