segunda-feira, 25 de julho de 2011

A MARCA DO AMOR

Um menino tinha uma cicatriz no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia.

Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria do colégio.

A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão: Que não poderia tirar o menino do colégio, e que conversaria com o menino e ele seria o último a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via o rosto do menino, a não ser que olhassem para trás.

O professor achou magnífica a idéia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam mais para trás.
 Levado ao conhecimento do menino da decisão ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição:

Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o porquê daquela CICATRIZ.

A turma concordou, e no dia o menino entrou em sala dirigiu-se a frente da sala de aula e começou a relatar:

- Sabe turma eu entendo vocês,
  na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri:

- Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa minha mãe passava roupa para fora, eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade...
A turma estava em silêncio atenta a tudo. O menino continuou: além de mim, havia mais 3 irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida.
Silêncio total em sala.
-... Foi aí que não sei como,
a nossa casa que era muito simples, feita de madeira começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e estava muito quente...

Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar,
pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chama.
Só que quando minha mãe tentou entrar na  casa em chamas as pessoas que estavam ali, não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha, eu via minha mãe gritar:

- " Minha filhinha está lá dentro!"
Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror e ela gritava,
mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha...

Foi aí que decidi.
Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar.
Saí de entre as pessoas, sem ser notado e, quando perceberam, eu já tinha entrado na casa.
Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha.
Eu sabia o quarto em que ela estava.

Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito...
Neste momento vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto...

A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada então o menino continuou:
-Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha me beija porque sabe que é marca de AMOR.

Vários alunos choravam,
sem saberem o que dizerem ou fazerem, mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se.

Para você que leu esta história,
queria dizer que o mundo está cheio de CICATRIZ.            
Não falo da CICATRIZ visível, mas das cicatrizes que não se vêem, estamos sempre prontos a abrir cicatrizes nas pessoas, seja com palavras ou nossas ações.

Há aproximadamente 2000 anos JESUS CRISTO,
adquiriu algumas CICATRIZES em suas mãos, seus pés e sua cabeça.

Essas cicatrizes eram nossas, mas Ele, pulou em cima da gente, protegeu-nos e ficou
com todas as nossas CICATRIZES..

Essas também são marcas de AMOR.

Enviado por Valéria Cristina Macedo
.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

MENSAGEM


"O homem é o único animal que cospe na água onde bebe;
que mata para não comer;
que corta a árvore que lhe dá sombra e frutos;
por isso, está se condenando a morte...".

(Palavras do Velho do Rio)
.
 

domingo, 17 de julho de 2011

C.E.10 de Maio - Breve Histórico

O Colégio Estadual 10 de Maio completou 80 anos em 2008. Sua história, intimamente ligada à tessitura histórica do município de Itaperuna, confunde-se com a história pessoal da maioria dos itaperunenses que tiveram a felicidade de transitar por seus corredores e adentrar suas salas de aula. É uma história de muitos protagonistas: alguns se projetaram socialmente, elevaram o nome de Itaperuna e o inseriram no contexto nacional, quiçá, internacional, nas mais variadas áreas de atividade, outros, anônimos que a história oficial não registra, fazem também a história do colégio, pois, por ele passaram e usufruíram de uma formação em valores, preocupada com o respeito à dignidade humana, com a competência e a efetiva formação cidadã, sempre eivada de comprometimento e profunda dedicação de seus mestres.
Teve sua origem com a criação do Grupo Escolar 10 de Maio, no dia 26 de fevereiro de 1928 e do Ginásio Marechal Deodoro da Fonseca. Em 1956, foi criada a Escola Supletiva 10 de Maio anexa ao Grupo Escolar 10 de Maio e Escola Supletiva Paulina Porto através no dia 10 de maio de 1956. Em 1957 foi criada a Escola Normal Estadual, marco na educação da região, visto que até então, a formação de professores só era possível na rede particular de ensino.
A mudança de nome para Colégio Estadual Marechal Deodoro da Fonseca e a autorização da divisão de Ensino Secundário do MEC para o Segundo Ciclo são concedidas no dia 1º de dezembro de1961. Em 10 de setembro de 1970, são integrados ao Ginásio Marechal Deodoro da Fonseca, o Colégio Estadual 10 de Maio e o Jardim de Infância Maria Madalena Magacho dos Santos. Posteriormente, ocorre a integração da E. E. 10 de Maio, da Escola Estadual do Ensino Supletivo 10 de Maio e do colégio Estadual Marechal Deodoro, passando a denominar-se C.E. 10 de Maio.
Atualmente, o C.E. 10 de Maio oferece o Ensino Fundamental (1º ao 9º ano de escolaridade), o Ensino Médio, o Pós-Médio com o Curso Técnico em Contabilidade e o EJA (Educação de Jovens e Adultos) do 6º ao 9º ano e Ensino Médio. Conta com uma clientela advinda dos mais diversificados ambientes sociais, a escola esforça-se por dar conta desse caldeirão de culturas, levando em conta que, sem desprezar a cultura do aluno, fazer dela a ponte entre o que já sabem e os conhecimentos científicos socialmente construídos e universalmente aceitos, para que diante dessa confrontação, o aluno possa construí-los subjetivamente em benefício de seu projeto de vida, marcá-los com o traço de sua personalidade e inserir-se na sociedade de forma cidadã.
Atualmente a equipe de direção da escola é composta pelas professoras Maria Inês Freire Borges Figueira, Diretora Geral; Silvana Moreira Ferreira, Solange Alberoni Amil de Oliveira, Rosiméa Fernandes Navarro Nuss, Diretoras Adjuntas, além de outras equipes de assessoramento e um corpo docente que ao longo de toda a sua história, vem mantendo a qualidade do ensino ministrado.

.
Fonte: Revista Canal da Cultura n° 2/ junho 2009.
Este texto foi escrito para a Sessão Solene dos 80 anos do C. E. 10 de Maio na Câmara Municipal em 24 de março de 2008 e foi incluído na publicação do livro "Colégio Estadual 10 de Maio em Prosa e Verso". O nome completo da autora é:
Marly Aparecida Carvalho de Mattos.

 Disponível em:  http://www.outrarevista.blogspot.com/


"Escola é: o lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos..."
Paulo Freire
.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O leão e o ratinho ( Millôr Fernandes)

Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque tinha acabado de brigar com a mulher, e esta lhe dissera poucas e boas. Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o ratinho menor que ele já tinha visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para fugir, o leão gritava:
             - “Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignificante e nojento. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!”. E soltou-o.
             O rato correu mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou pro leão:
             - “Será que V.Excelência poderia escrever isso pra mim? Vou me encontrar com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso pra ela com as mesmas palavras!”.


Moral: Afinal, ninguém é tão inferior assim.
Submoral: Nem tão superior, por falar nisso.

.